“Uma série de bolas fora do Doria”.
Foi essa a frase que o estudante Kim Kataguiri, um dos líderes do MBL, usou para explicar o recente afastamento de seu grupo do prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB).
Apesar de ser um aliado de primeira hora, o MBL tem criticado algumas posições do tucano e recentemente postou elogios ao deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) em suas redes sociais.
Isso gerou especulações sobre um possível desembarque do MBL do projeto presidencial de Dória e possível migração para o de Bolsonaro.
Kim, no entanto, diz que isso não está acontecendo.
"Há afastamento do Doria, mas não há aproximação em relação ao Bolsonaro.”
Segundo ele, entre as bolas fora de Doria que promoveram o afastamento do movimento do prefeito, estão as seguintes:
- O envio de um projeto de lei para a Câmara dos Vereadores para viabilizar a incidência de impostos para empresas de transmissão de conteúdo, como o Netflix;
- Doria ter dito que Che Guevara “foi ícone de uma geração”;
- E, ainda de acordo com Kim, “a diminuição no ritmo da gestão da cidade”.
Apesar das críticas, o líder do MBL frisou que o afastamento não significa rompimento e que o grupo ainda apoia o tucano e não está se aproximando de nenhum outro pré-candidato à presidência da República.
Disse ainda que o movimento já está mantendo conversas com o prefeito para aparar eventuais arestas.