Estar na lista da Lava Jato é hoje o maior problema que um político disposto a disputar a presidência da República pode ter.
De acordo com o Instituto Paraná Pesquisas, 40% dos eleitores entrevistados dizem que não votariam num candidato acusado pela operação.
Os dados mostram que as ações do Ministério Público Federal e a Polícia Federal são uma espécie de maiores anti-cabos eleitorais para as próximas eleições.
Outros temas relacionados à corrupção, em casos específicos, também estão no top 3 dos motivos para não se votar num candidato.
Foram ouvidos 2.022 entrevistados em 164 municípios de todos os Estados. A pesquisa, realizada entre os dias 25 e 29 de maio, tem uma margem de erro de 2 pontos para cima ou para baixo em seus resultados gerais.
Deste universo, 14% dizem que não votariam num candidato que enriqueceu depois de entrar na política e outros 10,8% negariam seu voto a quem responde a processos na Justiça.
Apesar disso, quando a pergunta é genérica sobre envolvimento com corrupção, somente 3,3% dizem não votar num candidato.
O levantamento ainda mostra que 8,2% dos eleitores se recusaria a votar num político que aprovou a reforma da previdência e 4% rejeitaria quem aprovou a reforma trabalhistas.
TIRIRICA x MARINA SILVA
A pesquisa também questionou quais são os políticos que os eleitores mais gostam ou simpatizam.
Neste caso, 43,9% dos entrevistados dizem não gostar ou simpatizar com político nenhum.
Fora a rejeição geral, 11,3% disse que simpatiza ou gosta de Lula e 9% de Jair Bolsonaro. João Doria vem na sequência com 5,3%.
Apesar de estarem tecnicamente empatados devido à margem de erro, 2% dos eleitores dizem simpatizar com o deputado Tiririca, enquanto que Marina Silva aparece com 1,8%. Ciro Gomes vem logo atrás, também tecnicamente empatado com a dupla, tendo 1,7%.
PREVIDÊNCIA
A maioria dos eleitores (53,3%) acredita a aprovação da reforma da previdência trará prejuízos ao país. Outros 22% dizem que nada mudará com ou sem reforma e 20% acredita que fará bem ao país a aprovação da PEC.