Ciro Gomes se diz otimista. Lançando nesta quinta-feira sua pré-candidatura à Presidência da República pelo PDT, o ex-ministro e ex-governador do Ceará afirma que chegará ao segundo turno da eleição contra o tucano Geraldo Alckmin.
Em entrevista coletiva para a imprensa no fim desta tarde, Ciro disse que, apesar da multiplicidade de candidaturas, o processo eleitoral deve se afunilar.
Segundo ele, pelo campo que disser ser conhecido por progressista, há ele e Lula, "com tudo o que está acontecendo". Por fora estaria Marina Silva e, no campo da direita, Alckmin e o deputado Jair Bolsonaro.
"No campo da direita, aí sim, a confusão está engraçada. Você tem o Bolsonaro tamponando [obstruindo] a evolução do candidato real dessa direita, aspas civilizada do Brasil, que é o Alckmin. O que é problema deles", disse.
Mesmo sem citar uma eventual prisão de Lula um eventual impedimento de sua candidatura, e sem explicar o que desidrataria Bolsonaro, Ciro fez sua previsão.
"À medida que um ou outro [Lula e Bolsonaro] não esteja no processo, eu e Alckmin provavelmente dividiremos a disputa no segundo turno".
Questionado sobre seu temperamento e frases como a quando disse que o papel de sua ex-mulher Patricia Pillar na campanha de 2002 seria dormir com ele, Ciro disse que é um feminista que acabou por contar uma piada machista.
Segundo ele, nem mesmo brincando entre amigos reproduz este tipo de piadas e irá se policiar, durante a campanha, para evitar qualquer gafe.
"Como não conseguem me pegar por corrupção ou incompetência, buscam essas coisas".
PESQUISA
Pesquisa CNT divulgada na última terça-feira, traz cenários com Lula na liderança na corrida presidencial, com 33,4% das intenções, e Bolsonaro em segundo lugar, com 16,8.
Para que o segundo turno pretendido por Ciro se concretize, ele e Alckmin devem ainda ter de ultrapassar Marina Silva, que na mesma pesquisa aparece em terceiro lugar com 7,8% das intenções.
No levantamento, Alckmin conta com 6,4% e Ciro com 4,3%.