Esta história de mãe e filha pode te ajudar a entender o que é apropriação cultural
"Não é difícil entender o racismo, a não ser que você não queira".
Esta é a Stefanine. Esses dias ela contou no Facebook uma história que mostra bem qual é o impacto da apropriação cultural em nossa sociedade.
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Sua mãe, uma mulher branca, contou para ela que ouviu o seguinte de um desconhecido na rua: "eu já tinha visto essas tranças em outras pessoas, mas não estava bonito assim, sei lá, dava a impressão de que estava sujo, o seu parece limpo."
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E então a gente fica com uma questão na cabeça. Quem são as pessoas que este homem já viu com tranças no cabelo e considerou sujo?
Será que ele se referia a esta enfermeira que foi humilhada por sua chefe após trançar o seu cabelo?
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Amanda era enfermeira líder do setor de callcenter da empresa e trabalhava orientando as equipes de médicos e enfermeiros. Ela não lidava com o público diretamente. Quando trocou de penteado, ouviu o seguinte de sua chefe em uma reunião: "A verdade é que isso [penteado] não se adequa à sua função. Se fosse o (nome de outro funcionário negro), tudo bem. Mas na sua função, de líder, não cabe".
Ou o papo era sobre esta executiva de uma empresa internacional que também foi humilhada pela chefe por utilizar tranças no cabelo e depois foi demitida?
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Luanna Teófilo tinha acabado de ser contratada como Business Developer em uma grande empresa de comunicação corporativa. Ainda em período de experiência, ela foi discriminada pela então General Manager da companhia, em frente a diversos colegas de trabalho. Sua chefe disse o seguinte: “tira isso [tranças], prefiro seu cabelo como antes. Já não aguentava mais e tinha que falar". Ela ainda alegou que o penteado não pegaria bem com os clientes.
Quando a mãe dela contou o que aconteceu, ambas ficaram tristes porque sabiam que o rapaz se referia a pessoas da mesma cor que Stefanine.
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