A produção econômica dos aproximadamente 55 milhões de latinos vivendo nos EUA formaria a sétima maior economia do mundo, de acordo com um novo relatório, com um PIB de 2,1 trilhões de dólares em 2015 — um pouco atrás da França, mas à frente da Índia.
Se eles fossem um Estado dos EUA, também seriam a segunda maior economia do país, atrás apenas da Califórnia.
O relatório, elaborado pela Latino Donor Collaborative, é parte de um esforço para promover "uma visão real da importância dos latinos em nossa economia".
Longe de serem "um fardo para a sociedade americana", diz o relatório, os latinos são uma parcela jovem, crescente e produtiva da economia.
Conforme a população dos EUA envelhece, a mão de obra nos EUA está se tornando cada vez mais latina. A média de idade dos latinos é de 28 anos, comparada aos 40 anos da população não-latina. De 2010 a 2015, 360 mil jovens latinos se juntaram à força de trabalho, comparados aos 155 mil de jovens não-latinos.
A diferença é ainda mais surpreendente para os adultos com mais de 25 anos. No mesmo período de cinco anos, 2,5 milhões de latinos com idades entre 25 e 64 anos se juntaram à força de trabalho, enquanto o número de não-latinos com a mesma idade trabalhando diminuiu. "Os latinos são o futuro da força de trabalho dos EUA", diz o relatório.
Todas essas pessoas estão ajudando a economia movimentada pelos latinos a crescer consideravelmente mais rápido do que a do resto do país. Entre 2010 e 2015, a economia movimentada por trabalhadores latinos cresceu 2,9% por ano, enquanto a economia não-latina cresceu 2,1%, segundo o relatório.
Isso quer dizer, de acordo com o documento, que a grande maioria dos "baby boomers" brancos será mantida durante sua aposentadoria por uma crescente força de trabalho latina.
Os autores do relatório, Werner Schink e David E. Hayes-Bautista, fizeram uma pesquisa similar na Califórnia prevendo essa transição na população. A Califórnia é 39% latina hoje, e os autores dizem que uma mudança similar está acontecendo na economia nacional.
"Agora podemos dizer o quão importante é essa transição demográfica nos EUA", disse Hayes-Bautista ao BuzzFedd News. "De um dado somente demográfico, passamos a falar de PIB."
Este post foi traduzido do inglês.