Procuradores da força-tarefa da Lava Jato denunciaram (acusaram formalmente) o Mariano Ferraz, dirigente de uma firma que prestava serviços de armazenamento à Petrobras no porto de Suape (PE), por corrupção e lavagem de dinheiro.
Ferraz, então executivo da Decal Brasil Ltda, realizou pagamentos de US$ 868 mil (R$ 2,7 milhões pelo câmbio desta quinta) ao então diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa. A propina visava a renovação do contrato da Petrobras com a Decal para prestação de serviços de armazenagem e acostagem de navios de granéis líquidos.
De acordo com a acusação, Ferraz realizou os pagamentos entre maio de 2011 e fevereiro de 2014 na conta secreta Ost Invest, no banco Lombard Oder, mantida por Costa na Suíça. Os pagamentos continuaram mesmo depois de 2012, quando Costa deixou a Petrobras.
O juiz Sergio Moro vai decidir se a denúncia vira ou não processo penal contra Ferraz.
O BuzzFeed Brasil não conseguiu falar com a defesa de Ferraz. O BuzzFeed Brasil não conseguiu localizar nenhum representante da Decal Brasil para comentar o caso.