O ex-deputado Cândido Vaccarezza, líder do governo na Câmara durante as gestões de Dilma Rousseff e Lula, foi preso pela Polícia Federal nesta sexta-feira (18).
De acordo com o Ministério Público, após a celebração de contratos, em especial com a empresa norte-americana Sargeant Marine, para o fornecimento de asfalto à Petrobras, US$ 500 mil foram destinados a Vaccarezza.
Os investigadores ainda apuram se parte desse dinheiro foi dividido com outros deputados ligados ao ex-líder petista.
Vaccarezza também foi citado nas delações da Odebrecht e acusado de pedir dinheiro à empresa para aprovação pela Previ da aquisição da torre comercial e do shopping center no empreendimento Parque da Cidade, na Marginal Pinheiros, na Zona Sul de São Paulo.
ROTINA
Investigado desde 2015, Vaccarezza temeu ser preso nas primeiras fases da Lava Jato.
Já sem mandato e fora do PT — que deixou após divergências com Dilma Rousseff — submergiu e, nas poucas aparições, tentava provar sua inocência.
À medida que o tempo passou e seu inquérito não andava, ganhou segurança e voltou a frequentar o círculo político.
Não raro visitava a Câmara dos Deputados para conversar com antigos colegas e tentar retornar à política.
FASES
Esta sexta-feira foi dia de dupla operação na PF em Curitiba.
Batizadas de “Sem Fronteiras” e “Abate”, as duas novas fases da Lava Jato cumprem ao todo seis mandados de prisão, 11 de condução coercitiva e 29 de busca a apreensão.
Vaccarezza foi alvo da operação “Abate”, a 44a fase da operação Lava Jato. A prisão é temporária, de cinco dias, e pode ser renovada.