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Fachin diz que Aécio tinha que ser preso se não tivesse imunidade

Na decisão, obtida pelo BuzzFeed Brasil, o ministro diz que o tucano representa risco às investigações, mas não pode ser preso sem ser em flagrante.

Ao determinar o afastamento do senador Aécio Senado (PSDB-MG), o ministro Edson Fachin disse que o tucano, se não fosse parlamentar, tinha que ser preso, sem prazo para deixar a prisão, por ser um risco para a investigação.

Na decisão, obtida pelo BuzzFeed Brasil, Fachin não poupa palavras para criticar Aécio. Mas diz que, por ser senador, ele só poderia ser preso em flagrante. Fachin, então, disse que preferia ouvir o plenário do Supremo. Para o ministro, Aécio, solto, é um "risco à ordem pública". O senador foi flagrado em conversa com Joesley Batista, da JBS, tramando contra a Lava Jato e pedindo dinheiro.

Primeiro, Fachin explica a conduta criminosa de Aécio. Para ele, seria "imprescindível" para a investigação a prisão do senador.

"Percebe-se, a partir dos elementos probatórios, que o senador Aécio demonstra, em tese, muita preocupação e empenho na adoção de medidas que de alguma forma possam interromper ou embaraçar a investigação", escreveu Fachin.

Um dos fatos citados é o plano para escolher um ministro da Justiça que possa trocar delegados para melar a Lava Jato.

O ministro resume: "tais considerações são suficientes para demonstrar a imprescindibilidade da prisão preventiva".

Para Fachin, Aécio Neves deu demonstrações que é um criminoso contumaz.

Assim escreveu o ministro:

"A prática de tais condutas, longe de serem atos isolados, pelo que restou demonstrado, configuram habitualidade que indicam estabilidade e permanência"

Fachin, contudo, disse que não poderia prender Aécio. Isso porque, por ser senador, ele só pode ser preso em flagrante. "Quanto ao parlamentar, todavia, embora considere, como mencionado, imprescindível a decretação de sua prisão preventiva para a garantir a ordem publica e instrução criminal, reconheço que o disposto da Constituição impõe, ao menos em juízo monocrático necessidade de contenção".

Em nota, Aécio disse que está "absolutamente tranquilo quanto à correção de todos os seus atos". "No que se refere à relação com o senhor Joesley Batista, ela era estritamente pessoal, sem qualquer envolvimento com o setor público".

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