O ex-presidente Lula teve R$ 606 mil bloqueados pelo Banco Central de suas contas mantidas em quatro bancos, como forma de garantir a reparação dos danos causados à Petrobras.
A ordem partiu do juiz Sergio Moro, no mesmo processo que condenou o ex-presidente a nove anos e meio de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro, no episódio do tríplex da OAS, no Guarujá.
No total, Moro estabeleceu como limite a ser bloqueado R$ 13 milhões em dinheiro e imóveis, mas nas contas havia apenas os R$ 606 mil. No registro da Justiça Federal, não está claro se Lula mantinha esses valores na conta corrente ou se também em investimentos e previdência privada.
Assim escreveu Moro:
"Cabe, portanto, a constrição de bens do ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva até o montante de R$ 13.747.528,00. Tal constrição pode ser dar para garantir o confisco de bens substitutivos na forma do art. 91, §1o e §2o, do CP, ou para garantir a reparação dos danos decorrentes do crime. Afinal, não foi possível rastrear o restante da propina paga em decorrência do acerto de corrupção na Petrobrás, sendo possível que tenha sido utilizada para financiar ilicitamente campanhas eleitorais e em decorrência sido consumida".
Houve também o bloqueio de outro bens e dois carros de Lula não poderão ser vendidos.