Ex-ministro do governo Temer, Geddel Vieira Lima foi preso pela Polícia Federal nesta segunda-feira (3) pela suspeita de atuar para atrapalhar as investigações sobre o esquema do PMDB de desvios no fundo do FGTS, o FI-FGTS.
Uma das provas usadas pelos procuradores é o celular da mulher de Lúcio Funaro, que admitiu à PF que operava propinas para o PMDB. No celular, Geddel era identificado como "Carainho". Os "prints" mostraram sucessivas tentativas de contato por parte do ex-ministro de Temer.
"Para os investigadores, os novos elementos deixam claro que Geddel continua agindo para obstruir a apuração dos crimes e ainda reforçam o perfil de alguém que reitera na prática criminosa. Por isso, eles pediram a prisão “ como medida cautelar de proteção da ordem pública e da ordem econômica contra novos crimes em série que possam ser executados pelo investigado”, diz a nota do MPF.
A prisão de Geddel é preventiva. Ou seja, não há data prevista para soltura.
Essa prisão representa mais um duro golpe no núcleo mais próximo do governo Temer. Geddel foi apontado por Funaro e por Joesley Batista, da JBS, como o principal interlocutor do presidente.