O youtuber de humor Maicon Küster teve sua foto confundida com a de um suspeito de crimes de pedofilia na internet. O erro aconteceu em reportagem do Domingo Espetacular, da TV Record, neste domingo (2), e deixou indignadas as pessoas nas redes sociais.
No Twitter, onde Küster tem 1 milhão de seguidores, a hashtag #RECORDLIXO ficou nos trending topics durante toda esta segunda-feira (3), com reclamações e apelos contra a reportagem da emissora.
"Vocês têm noção de que eu corro risco de morte por culpa da irresponsabilidade completa de vocês? Não só vou processar vocês como pedirei uma retratação pública por esse absurdo", escreveu o youtuber.
O tuíte teve cerca de 90 mil curtidas e 20 mil comentários.
A emissora tirou do ar o link que levava à reportagem. Na matéria, é dito que o suspeito mantinha dois perfis falsos para atrair crianças e adolescentes. Num dos perfis, a foto é de um dos personagens criados por Küster. O problema é que, mesmo dizendo que o perfil é falso, a reportagem mostra a foto do youtuber como se fosse a do suspeito.
O personagem criado por Küster em seus vídeos no YouTube usa uma peruca loira e se chama "Lorenzo". Nessa rede social, o youtuber tem 2,45 milhões de inscritos.
Ao mostrar os perfis falsos, a repórter afirma: "Na foto [o suspeito] usava uma peruca loira."
A emissora tirou a reportagem do site e ela não foi localizada também no canal de YouTube da Record.
Em nota ao BuzzFeed News, a Record afirmou que vai corrigir a informação. "O Jornal da Record vai apresentar reportagem corrigindo a informação', diz o texto.
Depois a emissora enviou mais um comunicado:
"Durante uma reportagem exibida ontem, 02/08, no Domingo Espetacular, sobre a prisão de um homem acusado de pedofilia no Distrito Federal, foram utilizados vídeos e fotos de perfis falsos que constam da investigação conduzida pela Polícia Civil local. Infelizmente, houve um equívoco ao apontar a imagem de um dos perfis como sendo a do pedófilo, quando, na verdade, ele usava fotos obtidas na internet. Lamentamos o que aconteceu e vamos apresentar, nesta segunda-feira, 03/08, no Jornal da Record, uma reportagem corrigindo a informação."
Foco da reportagem, o suspeito de fazer mais de 60 vítimas na internet é Sylas Sousa Silva, 31 anos, preso na semana passada no Maranhão. Ele era investigado pela polícia do Distrito Federal, para onde foi levado sob custódia.