A Petrobras pediu nesta terça-feira (6) ao juiz Sergio Moro para ficar com apartamento tríplex, no Guarujá, que é atribuído pela força-tarefa da Lava Jato ao ex-presidente Lula.
A empresa, que na ação do tríplex atua como assistente da acusação, entregou suas alegações finais à Justiça. Na sexta-feira à noite, os procuradores da República que fazem parte da força-tarefa da Lava Jato pediram a condenação de Lula à prisão em regime fechado.
Ele é acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. De acordo com o procuradores o tríplex, que foi construído pela OAS, seria uma forma de o ex-presidente receber propina da construtora em troca de benefícios dados a ela em negócios com a Petrobras.
Na estimativa da força-tarefa, a Petrobras foi lesada em R$ 87,6 milhões pela OAS e por Lula. Assim, os investigadores pedem à Justiça que o ex-presidente devolva esses recursos aos cofres da estatal.
Sobre esses valores, a Petrobras requer que "seja fixado o valor mínimo de reparação de danos" para a estatal, "com a necessária correção monetária e incidência de
juros moratórios no valor arbitrado".
Agora, o ex-presidente e os demais réus, entre eles o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, e executivos da empreiteira OAS, devem entregar suas alegações finais até o dia 20 deste mês.
Esses são os últimos passos tanto da defesa quanto da acusação até o julgamento, que pode ocorrer ainda em junho.
A defesa do ex-presidente Lula afirma que o tríplex não é dele e afirma que ele é inocente dos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção passiva. A defesa de Paulo Okamotto também afirma que ele é inocente.