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Haddad diz que, "com todo respeito", se Lula fosse candidato, Manuela, Boulos e Ciro estariam com ele

Em sabatina na qual representou Lula, ele afirmou que Dilma deu "cavalo de pau" na economia em 2015. E, no final, pediu voto para a legenda, o que pode configurar propaganda antecipada.

Coordenador do programa de governo do PT, o ex-prefeito Fernando Haddad disse neste domingo (29) que se Luiz Inácio Lula da Silva, preso e ameaçado pela Lei da Ficha Limpa, pudesse disputar a Presidência os outros nomes alinhados à esquerda desistiriam de suas candidaturas.

“Se o Lula fosse candidato, realmente tenho dúvidas se Ciro, Boulos e Manuela teriam colocado suas candidaturas. Com todo respeito a eles, mas duvido que isso aconteceria. Todo mundo estaria reunido em torno do Lula”, disse Haddad em entrevista coletiva, referindo-se às candidaturas do PSB, PSOL e PC do B, respectivamente.

O ex-prefeito insiste em negar que seja o plano B do partido na disputa presidencial e afirma que está apenas coordenando o programa de governo. Neste domingo, ele participou de uma sabatina com especialistas em ciência e tecnologia, num encontro com presidenciáveis promovido pelo DispersCiência, em São Paulo.

Apesar de o PT ainda não ter fechado nenhuma aliança para a campanha federal, Haddad disse esperar que outros partidos se coliguem ao PT e que o “apelo pela candidatura de Lula vai crescer” com a proximidade das eleições. “Não acredito que esse isolamento vá acontecer.”

Ao responder se considerava uma vitória do PT o empresário Josué Gomes ter declinado o convite de Geraldo Alckmin (PSDB) para compor a chapa tucana como vice-presidente, Haddad foi irônico.

“Considero uma vitória pessoal do próprio Josué. Ele se sagrou vencedor.”

Filho do ex-vice-presidente José Alencar, que foi vice de Lula, Josué é cortejado pelo PT nacional e mineiro.

Dilma deu cavalo de pau na economia

Haddad afirmou na sabatina que a ex-presidente Dilma Rousseff deu um “cavalo de pau na política econômica”, no início de seu segundo mandato, em 2015. O foco da crítica foi o então ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que implementou uma política de ajuste na economia que desagradou o partido.

“Nada contra ajuste. Nada contra. A dose ali foi de veneno”, disse ele.

Para o petista, o erro foi aproveitado pela oposição de “maneira antinacional”, gerando uma “turbulência”.

“Foi a sobreposição de erro de escolha com uma sabotagem política que Eduardo Cunha (PMDB) e Aécio Neves (PSDB) produziram”, afirmou Haddad.

A crítica à gestão de Dilma foi feita para justificar, na sabatina, os cortes de verba de ciência e educação.

Pediu voto antes do tempo

Ao final da sabatina, Haddad, que estava ao vivo com transmissão do Huffington Post, pediu votos para a legenda do PT. A prática é vedada pela lei eleitoral até que tenha início a campanha da eleição.

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