• newsbr badge
  • Coronavi­rus Brasil badge

Bolsonaro e Doria entram em guerra política no meio da pandemia do coronavírus

Presidente criticou medidas do governo de São Paulo e Doria respondeu: "Nós estamos fazendo aquilo que ele não faz, liderar o processo. Lamentavelmente ele não faz e, quando faz, faz errado."

A guerra contra o coronavírus no Brasil também virou uma guerra política entre o presidente da República e o governador de São Paulo. Depois de inúmeras alfinetadas, o governador João Doria (PSDB) afirmou nesta sexta-feira (20) que está tomando as medidas que deveriam ser tomadas pelo "líder do país", o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). "Lamentavelmente ele não faz e, quando faz, faz errado", afirmou Doria em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes.

Ontem, o presidente havia criticado o que considerou um exagero do governo paulista como o fechamento de shoppings, afirmando que governos dos estados estavam tomando medidas que não lhes cabia tomar.

E hoje declarou: "Tem certos governadores que estão tomando medidas extremas que não competem a eles, como fechar aeroportos, rodovias, shoppings e feiras".

Doria respondeu hoje que as medidas foram determinadas em consonância com o setor privado, previamente ouvido pelo governo de São Paulo.

"Eu lamento ter de dar essa informação, de nós estarmos fazendo aquilo que deveria caber ao líder do país, que é o presidente Jair Bolsonaro, e que, lamentavelmente, ele não faz. E, quando faz, faz errado", disse Doria.

O governador detalhou: "Nós estamos fazendo aquilo que ele não faz: liderar o processo, liderar a luta contra o coronavírus, estabelecer informações claras, não minimizar processos, compreender a importância de respaldo da informação científica, da área da medicina, estabelecer o diálogo e o entendimento".

Esta semana, Doria já havia criticado Bolsonaro por ter ido à manifestação contra o Congresso no domingo (15) e cumprimentado as pessoas com apertos de mão. Também havia criticado o deputado federal Eduardo Bolsonaro, filho do presidente, por ter criado uma crise diplomática com a China.

Bolsonaro e Doria podem se enfrentar nas eleições presidenciais de 2022. Na eleição de 2018, Doria chegou a criar o termo BolsoDoria para ganhar eleitores, mas a aparente harmonia se desfez já no primeiro ano de governo, quando começaram a ser discutidas as campanhas de 2022.

Utilizamos cookies, próprios e de terceiros, que o reconhecem e identificam como um usuário único, para garantir a melhor experiência de navegação, personalizar conteúdo e anúncios, e melhorar o desempenho do nosso site e serviços. Esses Cookies nos permitem coletar alguns dados pessoais sobre você, como sua ID exclusiva atribuída ao seu dispositivo, endereço de IP, tipo de dispositivo e navegador, conteúdos visualizados ou outras ações realizadas usando nossos serviços, país e idioma selecionados, entre outros. Para saber mais sobre nossa política de cookies, acesse link.

Caso não concorde com o uso cookies dessa forma, você deverá ajustar as configurações de seu navegador ou deixar de acessar o nosso site e serviços. Ao continuar com a navegação em nosso site, você aceita o uso de cookies.