Dizendo-se um artista "suprapartidário" que já está com a vida ganha, o cantor Zezé di Camargo resolveu gravar um vídeo para apoiar Jair Bolsonaro (PSL) – segundo o sertanejo, "o melhor homem para o Brasil".
No passado, o cantor foi garoto-propaganda da eleição de Lula, em 2002, e declarou apoio a Aécio Neves (PSDB) em 2014. "Estou acreditando em um como já acreditei em outros. Se eu errei, paciência (…) Se eu estiver errado, daqui a 4 anos vocês me crucificam. Mas eu tenho certeza que não estou errado”, disse.
Ao lado de Bolsonaro, Zezé instou outros artistas a se posicionem a favor de Bolsonaro. Para o cantor, há muito medo no setor por receio de perseguição por parte da mídia para quem declarar o voto no capitão.
"Falta coragem dos meus amigos artistas para se posicionar. Queria muito que eles tomassem essa coragem de se posicionar. A gente está com a vida ganha e estamos devendo tudo ao Brasil. A gente não precisa mais se preocupar com nosso próprio umbigo (…) ninguém vai deixar de prestigiar a gente ou ir no nosso show, comprar a gente, porque a gente optou por uma pessoa”, destacou.
No vídeo com Bolsonaro, que foi gravado na casa do presidenciável na última quinta-feira no Rio, teve sua divulgação através do Instagram do cantor. A íntegra, no entanto, apareceu numa das páginas de Facebook dos apoiadores do candidato do PSL e começou a viralizar: até o fechamento deste texto,eram pelo menos 873 mil visualizações e 38,5 mil comentários.
Retratando a polarização do país, o apoio a Bolsonaro recebeu elogios e críticas dos fãs nas interações.
Bolsa Família
Zezé também soltou uma mensagem crítica ao programa Bolsa Família. Segundo ele, o programa é importante porque mata a fome de quem precisa, mas acaba se tornando "esmola" se não houver a possibilidade de sair.
Bolsonaro o interrompeu, dizendo que não acabaria com o Bolsa Família e que pessoas idosas não têm condições de deixar o programa. Segundo o candidato, é preciso combater as fraudes para aumentar o ganho de quem "realmente precisa" do programa.
O cantor então defendeu que deveria haver prazo para o pagamento do benefício, de modo que as pessoas buscassem trabalho. O cantor repetiu o surrado ditado do ensinar a pescar em vez de dar o peixe.
E citou um exemplo que, segundo ele, aconteceu em uma de suas fazendas em Goiás em que um homem que seria contratado teria recusado o emprego com carteira assinada porque tinha cinco filhos e não queria perder o Bolsa Família.