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Relator de denúncia contra Temer já quis proibir música dos Paralamas do Sucesso

Separamos alguns highlights da carreira política de Bonifácio de Andrada, o deputado tucano de 86 anos que é aliado de Temer.

De família tradicional da política brasileira, o deputado Bonifácio de Andrada (PSDB-MG) foi escolhido nesta quinta-feira para relatar a denúncia contra o presidente Michel Temer na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara.

Em seu décimo mandato, ele é um defensor ferrenho do foro privilegiado, faltou no histórico dia da votação da Emenda Dante de Oliveira, que propunha as eleições diretas para presidente, e ainda tentou proibir a banda Paralamas do Sucesso de tocar uma música num show em Brasília, no caso a canção "Luís Inácio (300 picaretas)".

Na primeira denúncia contra Michel Temer, ele votou a favor do presidente (para impedir a instauração de processo criminal).

Ele também já disse não ter visto nada demais na conversa do presidente com o empresário Joesley Batista no porão do Palácio do Jaburu.

Separamos aqui alguns highlights da carreira política do deputado de 86 anos que integra a Câmara Federal desde 1979. Veja abaixo:

Andrada iniciou a carreira política na UDN (União Democrática Nacional) e depois, em 1966, migrou para a ARENA (Aliança Renovadora Nacional), partido de apoio à ditadura militar.

Seu primeiro mandato como deputado federal pela ARENA foi em 1979. Na Câmara, foi vice-líder do governo do general João Figueiredo.

Com o fim da ARENA, migrou para o partido que a sucedeu, o PSD (Partido Democrático Social).

Em 25 de abril de 1984, ele faltou à votação da Emenda Dante de Oliveira, que propunha a eleição direta para a presidência da República.

Derrotada a Emenda Dante, em 1985, no colégio eleitoral, votou em Paulo Maluf para a presidência, que acabou derrotado por Tancredo Neves.

Em 1987 defendeu a Assembleia Nacional Constituinte, juntamente com partidos de esquerda.

Na eleição de 1989, vencida por Fernando Collor, ele foi candidato a vice presidente na chapa encabeçada por Paulo Maluf.

Em 1994 filiou-se ao PTB.

Em 1995, como procurador-geral da Câmara, foi à Justiça tentar impedir que os Paralamas do Sucesso tocassem a música “Luís Inácio (300 picaretas)", num show em Brasília por considerá-la ofensiva ao Parlamento (dois anos antes, Lula havia dito que, no Congresso, havia uns 300 picaretas, a frase inspirou a canção). Foi criticado por outros deputados, que o acusaram de querer a volta da censura.

Em 1996 migrou para o PPB e quis processar o jornalista Arnaldo Jabor, que numa crônica denunciou a formação de de um “Centrão de Deputados Fisiológicos”.

Em 1996 votou a favor da CPMF.

Dois anos depois filiou-se ao PSDB.

Em dezembro de 2001, na votação em segundo turno na Câmara de uma proposta que restringia a imunidade parlamentar, foi o único a se posicionar contrariamente à medida.

No ano seguinte ainda foi autor de um projeto aprovado pela Câmara para garantir foro privilegiado para políticos em crimes comuns, de responsabilidade e ainda nos casos de improbidade administrativa.

Tem 8 filhos.

Fonte: Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil da Fundação Getúlio Vargas

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