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Partidos pequenos temem que reforma política só ajude PT, PSDB e PMDB

Na avaliação de algumas legendas, a maior parte dos recursos do bilionário fundo eleitoral que deve ser criado seria destinada aos três partidos.

Enquanto criação de um bilionário fundo para o financiamento das campanhas ganha força, a maneira que os recursos vão ser divididos incomoda integrantes de partidos pequenos e médios.

Na avaliação de alguns deputados, a maior parte dos R$ 3,5 bilhões ou R$ 4 bilhões que devem ser destinados às campanhas ficariam nas mãos do PMDB, PT e PSDB.

Por isso, há quem defenda uma redução nas cifras ou mesmo a aprovação de somente cláusulas de barreira e fim das coligações, deixando para trás a ideia de se instituir o chamado distritão (em que os mais votados de cada Estado são eleitos) e o fundo eleitoral.

“Com esse dinheiro todo, como tirar a hegemonia desses partidos [PMDB, PT e PSDB]? Calculamos que só o PMDB levaria cerca de um quinto dos recursos. Isso junto ao distritão, os partidos vão lançar poucos candidatos e só vão se reeleger os de sempre. Se for para aprovar [uma reforma] porqueira, melhor que não dê tempo de aprovar”, disse o deputado Júlio Delgado, do PSB de Minas Gerais.

Leitura semelhante fez o líder do PPS na Câmara, Arnaldo Jordy (PA).

Ele falou que, num momento de crise, outros países tomam medidas que levam à renovação na política, mas, no Brasil, está se apontando para o caminho contrário.

“Só no Brasil se muda as regras para favorecer oligarquias políticas. Na Grécia, Itália, Espanha, Portugal, em todos os lugares, se trabalhou para desabrochar o novo. Aqui se quer aprofundar as oligarquias dos grandes partidos. Não paralelo do que estamos fazendo aqui”, disse.

Tanto Jordy quanto Delgado defendem a redução de recursos destinados às campanhas.

Para o líder do PPS, pedir que a sociedade pague R$ 3,5 bilhões para as campanhas será mais uma agenda negativa para o Parlamento.

Quem também criticou o modelo do distritão e o fundo foi o deputado Chico Alencar (PSol-RJ).

Ele disse que a instituição do novo sistema eleitoral e a divisão do fundo com base no número de deputados e senadores levaria à concentração do dinheiro nas mãos doPMDB, PT e PSDB, “preservando o condomínio que já domina a política e envolvido em investigações”.

“A aprovação [do distritão com o fundo de R$ 3,5 bilhões] é a autopreservação do PT, PMDB e PSDB”.

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