Janot denuncia Lula, Dilma e presidente do PT por organização criminosa

    Segundo denúncia, organização recebeu R$ 1,4 bilhão em propina.

    O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, denunciou nesta terça (5) os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma Rousseff, a presidente do PT Gleisi Hoffmann, os ex-ministros Paulo Bernardo e Guido Mantega, além dos ex-tesoureiros petistas João Vaccari e Edinho Silva.

    De acordo com ele, o esquema criminoso desenvolvido por eles "permitiu que os ora denunciados recebessem, a título de propina, pelo menos, R$ 1,485 bilhão".

    Segundo a denúncia, Lula liderou o esquema criminoso enquanto era presidente da República e durante o governo Dilma Rousseff, tendo a chefia sido alterada após o impeachment e ascensão do PMDB ao poder.

    "Nesse sentido, LULA, de 2002 até maio de 2016, foi uma importante liderança, seja por que foi um dos responsáveis pela constituição da organização e pelo desenho do sistema de arrecadação de propina, seja por que, na qualidade de Presidente da República por 8 anos, atuou diretamente na negociação espúria em torno da nomeação de cargos públicos com o fito de obter, de forma indevida, o apoio político necessário junto ao PP e ao PMDB para que seus interesses e do seu grupo político fossem acolhidos no âmbito do Congresso Nacional. Acrescente, ainda, que, mesmo após a sua saída da Presidência da República, LULA continuou a exercer liderança do núcleo político da organização até maio de 2016, em razão da forte influência que exercia sobre a então Presidente DILMA. Contudo, com a reformulação do núcleo político da organização criminosa, a partir de maio de 2016, os integrantes do PMDB da Câmara passaram a ocupar esse papel de destaque dentro da organização."

    Em nota, o PT disse que "não há fundamento algum nas acusações" contra o partido. Leia a íntegra abaixo.

    A denúncia apresentada nesta terça-feira (5) pela Procuradoria-Geral da República parece uma tentativa do atual procurador-geral de desviar o foco de outras investigações, que também envolvem um membro do Ministério Público Federal, no momento em que ele se prepara para deixar o cargo.

    Não há fundamento algum nas acusações contra o Partido dos Trabalhadores. Desde o início das investigações da Lava Jato, o PT vem denunciando a perseguição e a seletividade de agentes públicos que tentam incriminar a legenda para enfraquecê-la politicamente.

    Esperamos que essas mentiras sejam tratadas com serenidade pela justiça brasileira, e terminem arquivadas como já ocorreu com outras denúncias sem provas apresentadas contra o partido.

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