O doleiro Lúcio Funaro concluiu os depoimentos de sua delação premiada. O material deve ser enviado ao Supremo Tribunal Federal no início da próxima semana para homologação.
Nos depoimentos, o operador do PMDB da Câmara entregou o esquema de propinas que operou para o partido abastecendo seu principal aliado, Eduardo Cunha, e o também ex-presidente da Câmara Henrique Eduardo Alves.
Ele ainda confirmou que recebeu dinheiro do empresário Joesley Batista enquanto estava preso. Mesmo dizendo que os valores eram saldos de propina, procuradores entendem que os recursos serviam para acalmar seus ânimos e evitar uma delação.
Por isso, a colaboração será usada na denúncia por obstrução à Justiça que será apresentada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra o presidente Michel Temer.
Em seus depoimentos, o doleiro também confirma que entregou propina da Odebrecht no escritório de advocacia de José Yunes, um dos amigos mais próximos de Michel Temer.
Os torpedos de Funaro também vão atingir os ministros Eliseu Padilha e Moreira Franco.
Em relação ao segundo, o doleiro nutre especial rancor, e falava muito mal dele aos colegas de presídio da Papuda.