O ex-presidente do Banco do Brasil (2009-2015) e da Petrobras (2015-2016) Aldemir Bendine foi preso na manhã desta quinta-feira na 42ª segunda etapa da Lava Jato, nomeada de operação Cobra.
Ele foi delatado pelo empresário Marcelo Odebrecht.
De acordo com a delação, Bendine teria pedido propina de R$ 17 milhões para garantir que uma das empresas do grupo Odebrecht pudesse rolar uma dívida com o Banco do Brasil.
Apesar disso, os colaboradores da Odebrecht dizem que não realizaram o pagamento por entender que Bendine não teria como influir no contrato de empréstimo já tomado.
Por outro lado, Marcelo Odebrecht e um de seus ex-executivos Fernando Reis dizem que acabaram concordando em dar dinheiro a Bendine quando foi acertada sua indicação para o comando da Petrobras.
Segundo eles, o futuro presidente da estatal teria pedido dinheiro para não prejudicar a Odebrecht em seus contratos com a Petrobras.
Devido a isso, R$ 3 milhões foram pagos, em três parcelas, em junho e julho de 2015.
Ao todo, na operação Cobra, foram realizados em Brasília dois mandados de busca e apreensão; em São Paulo, um mandado de prisão temporária e quatro mandados de busca e apreensão; no Rio de Janeiro um mandado de busca e apreensão e em Pernambuco dois mandados de prisão temporária e quatro de busca e apreensão.