Entre as 15 cidades mais ricas do mundo, Abu Dhabi, nos Emirados Árabes, conta com uma renda familiar mensal de R$ 930 mil (na cotação atual do dólar).
A força policial usa Ferraris e Lamboghinis em suas patrulhas e lá estão algumas das construções mais luxuosas do mundo.
Sem contar que é um disputado ponto em que estrelas de Hollywood compram imóveis.
Apesar da grande diferença do local com o Brasil, o candidato a presidente Geraldo Alckmin (PSDB) disse nesta quinta-feira que o país vai se tornar uma Abu Dhabi.
Ele citou as riquezas em minérios do país e arrematou: “O Brasil vai ser uma Abu Dhabi com os avanços das jazidas do pré-sal”.
O discurso foi feito em meio ao evento em que o centrão, formado pelo DEM, PP, PR, Solidariedade e PRB, anunciou nesta manhã o apoio à candidatura presidencial de Alckmin, o que lhe deu maior força política — e, na avaliação da campanha, amplia suas chances de chegar ao segundo turno da eleição.
Com a aliança formada, a disputa agora é pela vaga de vice para o tucano.
Nos bastidores, e com o vai e vem do empresário Josué Alencar (PR), ganha força o nome de Aldo Rebelo, do Solidariedade, que é benquisto no setor do agronegócio desde que foi o relator da reforma do código florestal.
Durante o evento, mesmo com discursos de fim da política do toma-lá-dá-cá e de que é preciso unidade e democracia para fazer o Brasil avançar, duas coisas ficaram claras no acerto da composição.
Caso Alckmin seja eleito e Rodrigo Maia (DEM) reeleito para a Câmara, o demista seguirá na presidência da Casa.
E, apesar de não se falar em recriação do imposto sindical, ficou combinado com Paulinho da Força (Solidariedade) que haverá uma alteração nas regras para fazer o seguinte: sempre que o sindicato negociar com patrões e conseguir aumentos, só recebe o benefício aquele trabalhador que paga as taxas sindicais.
Por fim, entre o sonho de Abu Dhabi e a realidade do Brasil de Alckmin, o tucano não deixou de mandar, em seus discurso público, um abraço para Valdemar Costa Neto, o manda-chuva do PR.