Missão ao mar profundo revela criaturas parecidas com alienígenas

"Nós sabemos menos sobre o oceano do que sobre a superfície da Lua", disse um cientista que faz parte da expedição na Ilha do Havaí.

Pesquisadores federais norte-americanos acabaram de voltar de uma expedição ao mar profundo perto de Ilha do Havaí para identificar por que as águas que cercam o arquipélago são tão abundantes em biodiversidade, enquanto áreas próximas são como desertos marítimos.

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Lula de vidro encontrada próxima à costa da Ilha do Havaí.

Cientistas da Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera contaram à Associated Press que pesquisadores retiraram amostras de profundidades entre 450 e 600m utilizando uma rede de arrasto.

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Jack Kittinger, diretor sênior do programa de Conservação Internacional do Havaí, disse que algumas áreas no oceano têm mais diversidade marinha do que outras, e eles querem entender melhor qual combinação de correntes, temperatura e topografia contribui para isso.

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Peixe swallower encontrado próximo à costa da Ilha do Havaí.

Os pesquisadores acreditam que parte da razão pela qual a área é tão rica em vida é que o solo do fundo do mar sobe drasticamente chegando à superfície, trazendo consigo nutrientes únicos. Eles esperam usar suas descobertas para identificar as necessidades de gestão e de política.

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Spookfish encontrado próximo à costa da Ilha do Havaí.

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"Nós sabemos menos sobre o oceano do que sobre a superfície da Lua", disse Kittinger.

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Commerson's frogfish encontrado próximo à costa da Ilha do Havaí.

Outra missão recente da Conservação Internacional e da Universidade do Havaí explorou um pouco além da costa da Ilha do Havaí, em um grupo de montes submarinos, que são vulcões submersos ativos e inativos que também são ricos em biodiversidade, provavelmente por muitas razões similares.

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Braços robóticos no submersível Pisces V abrem um saco de iscas no monte submarino Cook, durante um mergulho tripulado ao vulcão nunca antes explorado.

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"Meu objetivo hoje é ... descobrir o que está vivendo neles, descobrir como eles suportam a vida no oceano, qual efeito recebem das correntes marítimas e, essencialmente, o que impulsiona o oceano e o faz ser do jeito que ele é", disse Greg Stone, biólogo marinho da Conservação Internacional na missão.

Caleb Jones / AP

Corais e esponjas do mar profundo no topo do monte marinho Cork, observados através do submersível Pisces V durante mergulho no vulcão subaquático.

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