Um código com referência ao nome do presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Marco Polo Del Nero, foi apontado como destinatário de um pagamento de US$ 1 milhão no julgamento do caso Fifa.
A acusação partiu de Eladio Rodriguez, ex-dirigente da empresa argentina Torneos, que cuidava dos direitos de eventos como Copa Sul Americana e Libertadores.
Ele é delator no julgamento do caso Fifa e depõe nesta quinta-feira (30) em Nova York.
Rodriguez já havia citado Marco Polo, junto com José Maria Marin, como destinatário de dois pagamentos, de US$ 900 mil e US$ 3 milhões.
Agora, ele levou à Justiça informações sobre um terceiro pagamento, dessa vez apenas para “Brazilian MP”.
O valor, segundo o delator, refere-se à Copa América de 2015.
No julgamento, foi anexado ainda um e-mail do delator com várias tarefas, em 2013. Uma delas era acertar a transferência de dinheiro para Marco Polo.
O delator primeiro anotou o valor como US$ 2 milhões e depois como US$ 1 milhão pago.
Nesta quarta-feira, quando Rodriguez fez as primeiras acusações contra Marco Polo, seu advogado fez duras críticas ao delator.
"É um depoimento inseguro, movediço. Não merece credibilidade e não é verdade. Marco Polo não recebeu qualquer valor. Se recebeu, quando? Qual a conta? Qual banco? Uma acusação dessa só deveria vir a público com essas informações. Porque falar é grátis, pode falar qualquer coisa", disse o advogado José Roberto Batochio.