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Perguntamos a 7 trabalhadores essenciais como suas vidas ficaram com a pandemia de coronavírus

Além dos profissionais de saúde tentando salvar os doentes, outros trabalhadores considerados essenciais estão se colocando em risco todos os dias para garantir que a sociedade funcione mesmo durante a pandemia de coronavírus.

Entre as orientações de distanciamento social e as medidas de proteção, uma coisa ficou clara: embora o coronavírus afete a todos, ele afeta algumas pessoas mais do que outras.

Muitos profissionais — como entregadores, médicos, funcionários de mercearias e restaurantes — simplesmente não podem fazer seu trabalho com segurança em casa. São funções que mantêm a sociedade funcionando, especialmente para aqueles que estão presos em casa ou doentes.

Os trabalhadores considerados essenciais geralmente são mal remunerados e estão se sentindo cada vez mais abandonados na linha de frente de uma guerra invisível, que afeta as minorias e os pobres de forma desproporcional. Nos primeiros dias da pandemia, Pat Nabong conversou com 11 pessoas em Chicago, nos Estados Unidos, sobre o novo papel essencial delas na sociedade.

Luz Martinez, vendedora de alimentos

Luz é vendedora de comida nas ruas do bairro Little Village de Chicago. "Só estamos tentando ficar aqui enquanto pudermos", disse Luz. Quando perguntamos como ela se sente ao trabalhar na rua em meio à pandemia, ela disse: "É um pouco assustador, mas acho que temos que lidar com a situação. Tenho esperança de que vamos superar isso."

Melissa Palma, médica de saúde pública e medicina preventiva

"A preocupação passa a ser: 'Ai, meu Deus, o que vamos fazer quando a pessoa que pegar o vírus é o médico da UTI que sabe como usar os ventiladores? O que vai acontecer quando metade das enfermeiras não estiver disponível? O que vai acontecer quando todos os residentes estiverem isolados?", disse Melissa. "Chega ao ponto em que você diria a uma pessoa do público em geral para ir para casa e se autoisolar. Se você é um profissional de saúde, essas regras não se aplicam mais a você, porque em algum momento você precisará ser chamado de volta."

Filangelo Duque, fisioterapeuta domiciliar

"É claro que estou com medo, mas a avaliação por telefone antes de ir à casa do paciente é muito útil. Eu pergunto ao paciente se naquele dia ele ou algum membro da família que mora na casa está doente ou não está se sentindo bem", disse. "Mas sempre existe a preocupação de que você também pode estar infectado." Recentemente, Filangelo fez o teste para Covid-19 – e deu negativo.

Oscar Morales, entregador da Amazon

"Quando eu chego em casa, não encosto nos meus filhos", disse Oscar. "Eu não encosto em nada até sair do banheiro."

Casey Merchant, organizador de serviços comunitários

Casey, gerente de programa da organização comunitária My Block My Hood My City, de Chicago, comprou mantimentos para entregar a uma pessoa idosa perto de seu bairro. Sua organização está mobilizando voluntários para ajudar a embalar e entregar alimentos para os mais velhos. "Sinto que nem todos nós podemos nos esconder dentro de casa", disse Casey. "Não podemos todos nos autoisolar. Ainda existem serviços que precisam ser prestados."

Colin Boyle, jornalista

"Como jornalista, estar em campo é meio assustador. Vou para casa e higienizo as mãos, tomo banho, tento manter as mãos perto de mim, o que é difícil, certo? É um trabalho tão interpessoal criar imagens, contar histórias, conectar-se com pessoas", disse Boyle. "Mas alguém precisa fazê-lo e, para isso, você precisa ter esse nível extra de conscientização sobre o valor da vida e a sua segurança, bem como a segurança e o bem-estar dos outros."

Este post foi traduzido do inglês.

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