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Queiroz estava escondido em imóvel de advogado de Bolsonaro desde o ano passado

Caseiro confirmou à polícia que o Fabrício Queiroz estava vivendo há mais de um ano no sítio do advogado do presidente. Nesse tempo, tanto advogado quanto filho do presidente disseram que desconheciam paradeiro do ex-assessor.

Fábricio Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), foi preso na manhã desta quinta-feira (18) em um sítio na cidade de Atibaia, no interior de São Paulo.

A propriedade pertence a Frederick Wassef, advogado do presidente Jair Bolsonaro, nos casos de Adélio Bispo e do porteiro do condomínio na Barra.

Foi um caseiro da propriedade que confirmaram à polícia que o ex-assessor, suspeito de organizar o esquema de "rachadinha" no gabinete de Flávio quando ele era deputado estadual, estava vivendo há mais de um ano no sítio do advogado do presidente.

Wassef é um advogado com amplo acesso ao Palácio do Planalto e aos círculos do poder em Brasília. Nesta quarta-feira (17), por exemplo, o advogado estava na cerimônia de posse do novo ministro das Comunicações, Fábio Faria (PSD-RN).

Em entrevista à GloboNews, em setembro do ano passado, o advogado afirmou que não sabia do paradeiro de Queiroz. "Não sou advogado dele", afirmou.

Em julho, Flávio Bolsonaro e Wassef negaram saber onde estava o ex-assessor em entrevista à revista Época.

A prisão de Queiroz foi expedida pela Justiça do Rio de Janeiro, a pedido do Ministério Público do Estado.

A Operação Anjo, deflagrada nesta quinta e que contou com o apoio do MP de São Paulo e da Polícia Civil paulista, está relacionada ao inquérito das "rachadinhas", que investiga funcionários da Assembleia Legislativa do Rio que devolviam parte dos seus salários a gabinetes de deputados, entre eles, o de Flávio Bolsonaro.

A prisão de Queiroz numa propriedade do advogado do presidente é mais um revés de uma sequência. Esta semana, o Supremo Tribunal Federal determinou a quebra de sigilo bancário e fiscal de 10 deputados e um senador bolsonaristas em um inquérito que apura as manifestações antidemocráticas em Brasília. As medidas foram pedidas pela Procuradoria-Geral da República.

Pelo Twitter, Flavio Bolsonaro foi o único integrante da família presidencial a se pronunciar até agora. Referindo-se à prisão de Queiroz sem citá-lo nominalmente, o senador afirmou que "mais uma peça foi movimentada no tabuleiro para atacar Bolsonaro".

Encaro com tranquilidade os acontecimentos de hoje. A verdade prevalecerá! Mais uma peça foi movimentada no tabuleiro para atacar Bolsonaro. Em 16 anos como deputado no Rio nunca houve uma vírgula contra mim.Bastou o Presidente Bolsonaro se eleger para mudar tudo! O jogo é bruto!



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