Joice diz que Eduardo Bolsonaro usa assessor parlamentar para fazer ataques na internet

    Ex-aliada de Jair Bolsonaro, Joice Hasselmann foi à CPI das Fake News e apontou detalhes do funcionamento do que ela chamou de "gabinete do ódio".

    A deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP) disse à CPI das Fake News que o também deputado Eduardo Bolsonaro, filho do presidente da República, é um dos líderes da "milícia digital" bolsonarista e do que ela chamou de "gabinete do ódio", grupo que atua no Palácio do Planalto para minar reputações de adversários.

    Joice disse que Eduardo Bolsonaro usa assessores parlamentares na coordenação de ataques pessoais na internet e citou como exemplo a página do Instagram "BolsoFeio" – que, de acordo com a ex-aliada de Jair Bolsonaro, pertence a Carlos Eduardo Guimarães, secretário parlamentar de Eduardo Bolsonaro.

    “Eduardo determina o alvo. [Quem faz os ataques são] perfis ligados a assessores ou de assessores parlamentares, de agora ou de passado recente. Gente que está nas Assembleias [Legislativas], assessores de deputados estaduais espalhados no Brasil inteiro fazendo isso", afirmou Joice.

    "Não é só deputado federal, não. Aqui na Câmara também assessores ligados ao Carlos e Eduardo para ficarem o tempo todo trabalhando com essas fakes [news] ou assassinato de reputações."

    Joice levou à CPI uma apresentação mostrando como funciona, segundo ela, a rede de ataques a reputações e propagação de fake news. A deputada afirmou que o "gabinete do ódio" discutia sua estratégias em um grupo fechado no Instagram. Ela apresentou prints que seriam dessas conversas, sem informar como eles haviam sido obtidos. Joice afirmou que o grupo foi apagado, mas que ela tem guardado parte dos registros.

    "O Eduardo está amplamente envolvido e é um dos líderes da milícia digital", afirmou Joice, durante sua fala de abertura na CPI, que durou cerca de 1 hora e 30 minutos.

    Durante o depoimento, Joice disse que um sistema desenvolvido pela Universidade de Indiana, nos Estados Unidos, apontou que quase de 2 milhões de "robôs" seguem as contas de Jair Bolsonaro e de Eduardo.

    "Muitas dessas páginas e perfis postam conteúdo que nem sempre são fakes, alguns são difamatórios, de agressão. Eles postam e uma hora depois deletam, só que depois que foi deletado já está circulando nas redes e nos grupos de WhatsApp", disse Joice.


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