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Panelaço teve gritos de "Volta, Temer" em reduto dos Faria Limers em SP

Próximo do centro financeiro do país, moradores também pegaram em panelas após tombo da Bolsa se aproximar das perdas de 2008. Ninguém sabe o que vem pela frente.

Durante o panelaço contra o presidente Jair Bolsonaro ontem à noite, houve gritos de "Volta, Temer" na Vila Nova Conceição, bairro residencial nobre de São Paulo com alta concentração de pessoas que trabalham no coração financeiro do país.

A pessoa que grava o vídeo grita "Volta, Temer" enquanto são ouvidos barulhos de panelas. Os vizinhos respondem com "Volta, Temer".

Depois, a vizinhança de Faria Limers emenda com "Temer mito!" e "Vai, Meirelles" – menção ao ex-presidente do Banco Central no governo Lula (2003-2010) e ministro da Fazenda de Temer (2017-2018), Henrique Meirelles.

No pequeno pedaço de 500 mil metros quadrados que concentra a sede de empresas que dominam 10% do PIB do país inteiro, há um clima geral de apreensão. O tombo que a Bolsa já tomou desde o início da crise do coronavírus já emparelha com crise sucedida pela quebra do Lehman Brothers em 2008.

O Ibovespa, índice que mede as negociações de ações das empresas, despencou. Em 23 de janeiro, o índice bateu seu recorde histórico, com 119 mil pontos.

Nesta quinta às 13h estava em 66 mil (depois de ter raspado em 61 mil mais cedo). Traduzindo em dinheiro: a destruição de 1,7 trilhão de reais em valor das empresas que estão na bolsa, segundo a conta do jornal Valor Econômico.

O circuit breaker, mecanismo que paralisa as negociações da bolsa quando a queda supera 10%, já foi acionado 7 vezes nas últimas semanas.

Ninguém sabe onde fica o fundo do poço do mercado de ações já que as projeções de crescimento no Brasil e no mundo estão sendo rebaixadas por causa dos impactos econômicos (ainda desconhecidos) do coronavírus.

O valor do Ibovespa em dolares já é menor do que o atingido na crise de 2008. É igual ao que valia 15 anos atrás. Dos níveis do começo do ano a bolsa chinesa caiu menos de 20%. A americana cerca de 30%. A inglesa quase 35%. A brasileira quase 60%. A economia de Guedes e Bolsonaro

Embora a Bolsa brasileira acompanhe o movimento de crise global, começam a aumentar entre economistas e por pessoas ligadas ao setor produtivo as críticas ao presidente e aos seus familiares por conta da gestão da crise.

A última foi crise fabricada pelo Twitter do deputado Eduardo Bolsonaro, que culpou a China pelo coronavírus e recebeu uma resposta dura do embaixador chinês no país, Yang Wanming.

Atacar a China é sintoma de imbecilidade.

LCMB: será da China que virão os primeiros estimulos para a economia brasileira via o canal de commodities; China is an odd but effective refuge from the coronavirus crisis https://t.co/j17GbMqfxL via @financialtimes





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