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Governo da Bahia usou demolição de estádio para favorecer empreiteiras, diz PF

De acordo com investigadores, só poderiam concorrer empresas que pudessem demolir o estádio, sobrando apenas Odebrecht e OAS. Elas ganharam a licitação...e depois terceirizaram a demolição.

A Polícia Federal afirma que o governo da Bahia, então comandado pelo petista Jaques Wagner, usou a demolição do estádio Fonte Nova como forma de favorecer as empreiteiras Odebrecht e OAS no processo de licitação.

Um dos possíveis nomes para o plano B do PT caso Lula não concorra à Presidência, Jaques Wagner foi alvo de busca e apreensão nesta segunda-feira (26). A PF suspeita que o governo da Bahia fraudou a licitação para beneficiar as empreiteiras que, depois, abasteceram campanhas ligadas a Wagner. A operação foi batizada de "Cartão Vermelho".

Uma das fraudes, segundo a PF, ocorreu porque o edital exigiu empreiteiras que tivessem capacidade de demolir a arena, o que acabou restringindo a concorrência para o consórcio formado por OAS e Odebrecht. Acontece que esse serviço costuma ser terceirizado, o que acabou sendo feito pelas próprias empreiteiras que ganharam a licitação.

"De acordo com as cláusulas restritivas, só elas preenchiam os requisitos. O consórcio tinha que apresentar um atestado de demolição, sendo que o serviço de demolição é notoriamente é terceirizado. Não havia necessidade que a empresa tivesse essa experiência, porque ela certamente iria terceirizar essa função. E foi isso que aconteceu de fato. O consórcio terceirizou a demolição. Não havia motivos para todas essas exigências", disse a delegada Luciana Matutino Caires.

Esse vídeo divulgado pelo governo federal mostra a demolição, feita por uma empresa americana.

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De acordo com a delegada, servidores que atuaram no contrato disseram que as decisões sobre a obra vinham do governo e não das secretarias responsáveis pelo projeto.

No total, a PF suspeita de um superfaturamento de quase R$ 450 milhões, em valores atualizados. De acordo com a delegada, R$ 82 milhões foram usados para abastecer campanhas.

"O total investigado de pagamentos é de R$ 82 milhões, entre propinas e doações não declaradas", disse a delegada.

O advogado de Jaques Wagner nega as acusações, enquanto o PT fala em perseguição política.

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