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Este deputado propôs uma lei para criar a "Segunda-feira Sem Carne" nos órgãos públicos de SP

"Não quero impor nada. O que está sendo imposto é hoje, que todo dia tem carne. E quem não quer comer carne?", diz Feliciano Filho.

Autor do projeto de lei que estabelece a "Segunda Sem Carne" nas repartições públicas do Estado de São Paulo, o deputado estadual Feliciano Filho (PSC-SP) diz que a medida tem o objetivo de evitar o consumo excessivo de carne e estimular hábitos alimentares mais saudáveis.

“O objetivo é amplo e foi bem estudado. Não foi que eu acordei de manhã e falei ‘vamos fazer essa lei’. Existem pesquisas que mostram que o consumo de carne é excessivo. Sou defensor da causa animal, mas o projeto alcança uma questão de saúde", diz o deputado.

O projeto já foi aprovado pela Assembleia Legislativa de São Paulo e agora aguarda manifestação do governador Geraldo Alckmin. Ele pode sancionar o projeto para virar lei ou pode vetar.

"Há também um ponto econômico. O governo de SP gasta R$ 255 milhões por ano com carne. O resto, como arroz, feijão e vegetais, chega a R$ 220 milhões. A totalidade representa menos do que o componente carne. É uma distorção, alguma coisa não está certa", diz o deputado.

Pelo texto aprovado, a “Segunda Sem Carne” vale para "restaurantes, lanchonetes, bares, escolas, refeitórios e estabelecimentos similares que exerçam suas atividades nos órgãos públicos do Estado de São Paulo", além do "fornecimento de carnes e seus derivados às segundas-feiras, ainda que gratuitamente, nas escolas da rede pública de ensino e nos estabelecimentos que ofereçam refeição no âmbito dos órgãos públicos do Estado de São Paulo".

O texto não esclarece se a restrição seria só para carne vermelha ou para frango e peixe, por exemplo. Na interpretação do deputado, valeria para essas proteínas também.

O projeto, contudo, NÃO ATINGE a rede pública de saúde e hospitais.

Feliciano diz que o projeto não tira direitos dos cidadãos. Nas redes sociais, houve uma interpretação de que está proibido o consumo de carne às segundas-feiras. "As pessoas não leem. Tem um hábito de ler o título e interpretar. Estão fazendo uma tempestade no copo d’água. Disseram que o projeto está ferindo um direito."

O deputado diz que a pessoa pode comer em restaurantes fora das repartições públicas, se não quiser aderir à "Segunda sem carne". "Não quero impor nada. A pessoa vai no restaurante da frente e come carne se quiser. O que está sendo imposto é hoje, que todo dia tem carne. E quem não quer comer carne?", diz.

A "Segunda Sem Carne" tem adeptos no mundo todo, entre aqueles que querem diminuir o consumo de carne vermelha e os que são vegetarianos. O principal garoto propaganda da causa é o cantor Paul McCartney, que é vegetariano.

"Acho que o Paul McCartney não está sabendo [do projeto de lei]. Ele ia adorar, é o maior defensor. Ele roda o mundo com essa ideia. Quem sabe ele nos apoia?", diz o deputado.





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