O juiz Bruno Macarari, da Vara de Execuções Penais de Brasília, deu prazo de 10 dias para que o Instituto Médico Legal responda a todos os questionamentos da defesa de Paulo Maluf sobre o estado de saúde do deputado, condenado e preso pelo crime de lavagem de dinheiro.
Maluf foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal e, desde a semana passada, está preso em Brasília, em uma ala da Papuda. O deputado tem problemas cardíacos, além de um câncer de próstata. O advogado de Maluf, Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, pede que o deputado cumpra a pena em prisão domiciliar.
O laudo inicial do IML confirmou que o deputado sofre de câncer em metástase na próstata. Mas nem todos os questionamentos foram respondidos pelos peritos e, até lá, Paulo Maluf seguirá na Papuda.
Em despacho desta quarta-feira (27), o juiz deu prazo de dez dias para o IML responder aos questionamentos. Só depois ele tomará uma decisão. Macacari destacou, ainda, que Maluf vem recebendo tratamento adequado dentro do presídio.
"Colhe-se do laudo pericial que, a despeito do incontroverso quadro de saúde do reeducando, ele não exige cuidados que não possam ser prestados intramuros, ainda que com recurso à rede pública ou privada de saúde", escreveu o juiz. "Nada indica que o sentenciado esteja sob risco de saúde ou submetido a tratamento degradante, mas sim, que, ao reverso, vem recebendo todos os cuidados de que necessita, inclusive no que se refere à sua locomoção", completou.
Para o advogado Kakay, a discussão sobre o estado de saúde de Maluf deveria ocorrer com o deputado em prisão domiciliar, como forma de prevenir novos problemas.
"A defesa reitera que, no entanto, insiste e reclama, com o respeito devido, que toda esta justa e correta discussão poderia se dar com o Dr Paulo, em caráter preventivo e humanitário , em prisão domiciliar à espera da decisão final", diz Kakay.