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Airbnb exclui anúncios de imóveis em assentamentos israelenses na Cisjordânia

Em resposta, o ministro do Turismo de Israel está encorajando os anfitriões a processar o Airbnb.

Depois de anos de reclamações, com ativistas pró-palestinos interrompendo seus eventos e protestando em frente a sua sede, o Airbnb desativou ontem (19) anúncios de imóveis em territórios em disputa na Cisjordânia.

"A lei dos EUA permite que empresas como o Airbnb se envolvam em negócios nesses territórios", diz um post no blog do Airbnb sobre a decisão. "Ao mesmo tempo, há quem defenda que as empresas não devem fazer negócios aqui porque isso seria lucrar graças à remoção de pessoas."

O Airbnb tinha anúncios de aproximadamente 200 imóveis nos assentamentos israelenses na Cisjordânia, mas decidiu que os desativará.

O Airbnb disse que a decisão reflete uma nova "estrutura decisória" que a empresa usará no futuro "para avaliar como devemos tratar os anúncios em territórios em disputa".

"Quando aplicamos nossa estrutura de tomada de decisão", diz o post do blog, "concluímos que deveríamos remover anúncios de imóveis em assentamentos israelenses na Cisjordânia ocupada que estão no centro da disputa entre israelenses e palestinos".

Autoridades do governo israelense responderam à decisão do Airbnb, passando a "restringir as operações da empresa em todo o país", segundo o Haaretz.

O ministro de Assuntos Estratégicos de Israel, Gilad Erdan, disse ao Haaretz que pediu que os anfitriões da Airbnb nos assentamentos processem a empresa.

Em junho, a Lei Antiboicote de Israel, uma lei que aumentaria as penalidades para as empresas que participarem de boicotes a Israel, foi aprovada no Comitê de Relações Exteriores da Câmara dos EUA.

Mais recentemente, autoridades israelenses detiveram por mais de duas semanas uma estudante americana que tentava entrar no país para cursar pós-graduação por causa de sua participação anterior em um movimento pró-palestino que pede um boicote a Israel, para combater o que dizem ser condições de apartheid.

O ex-embaixador israelense nos EUA Michael Oren tuitou ontem: “A lista negra do Airbnb é de apartamentos de judeus na Judéia e em Samaria, não apartamentos de palestinos, não de apartamentos no Chipre ocupado pelos turcos, no Saara ocupado pelos marroquinos, não no Tibete ou na Crimeia. A política do Airbnb é a própria definição de antissemitismo. Ninguém deve usar seus serviços”.

Este post foi traduzido do inglês.

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