Policial civil foi morto quando tentava impedir assalto no Espírito Santo

    Mário Marcelo de Albuquerque, conhecido como Marcelinho, trocou tiros com os bandidos e foi atingido na barriga. Ele deixa mulher e dois filhos. Greve da PM jogou Estado no caos.

    O investigador da Polícia Civil Mário Marcelo de Albuquerque, conhecido entre os amigos como Marcelinho, foi morto a tiros por volta das 20 horas desta terça-feira (7), ao tentar impedir um assalto a moto em Colatina, no Espírito Santo.

    O Estado passa por uma crise de segurança que deixou 75 pessoas mortas entre sábado (4) e hoje.

    Albuquerque estava com um colega, o investigador Rogério Pereira, na rodovia BR-259, a cerca de 20 km de Colatina.

    A dupla presenciou o assalto em andamento e trocou tiros com os bandidos. Ele foi atingido na barriga e levado ao hospital São Bernardo, mas não resistiu aos ferimentos.

    Os bandidos conseguiram escapar.

    Marcelinho estava de folga, disse à reportagem um colega da Polícia Civil que pediu para não se identificar.

    O investigador estava de folga.

    "Mas o policial tem o dever de atuar em qualquer situação, seja de folga ou não, e foi o que ele fez", comentou o amigo.

    Marcelinho deixa a mulher, Patrícia — a quem chamava em posts no Facebook de "amor da minha vida" — e dois filhos.


    O que você precisa saber para entender como a greve dos PMs paralisou o Espírito Santo e espalhou o terror:


    A greve da PM espalhou o terror no Estado desde sexta, apesar da chegada de 1.200 homens do Exército e da Força Nacional enviados pelo governo federal.



    Mesmo com a decretação da ilegalidade do movimento pelo Tribunal de Justiça, que estipulou multa de R$ 100 mil por dia caso as associações não suspendam a paralisação, a greve continua com familiares de PMs mobilizados em frente aos quartéis a pretexto de "impedir" a saída dos policiais.

    Os saques continuam e a maioria da população está evitando sair de casa. Salvo poucas exceções, o comércio está fechado. As escolas também não estão funcionando e motoristas do transporte coletivo suspenderam as atividade por causa dos episódios de violência.

    A PM do Espírito Santo tem 10.300 homens. O piso é de R$ 2.640, um dos mais baixos do país.

    Na manhã desta quarta, o governador em exercício César Colnago afirmou à rádio CBN Vitória que o Espírito Santo não tem condições de conceder o aumento de 43% exigido pelos PMs.

    Veja também:

    População e PMs ficam uns contra os outros enquanto o Espírito Santo pega fogo

    Mortes no Espírito Santo chegam a 75 e caos na segurança não tem previsão de acabar

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