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Leia os principais trechos da entrevista em que Temer admite que pode mudar diretor da PF

Sobre Rocha Loures, o ex-assessor filmado com uma mala de R$ 500 mil, Temer isentou-se: "Não me senti traído porque não tenho nada a ver com isso."

O presidente Michel Temer (PMDB) admitiu que pode mudar o comando da Polícia Federal. A declaração foi dada à revista IstoÉ, que publicou uma entrevista com Temer nesta sexta (2).

Leia abaixo as principais frases que o presidente disse.

Polícia Federal e continuidade da Lava Jato

Uma eventual mudança no comando da Polícia Federal, possibilidade que circula há meses e ganhou força após Torquato Jardim trocar o Ministério da Transparência pela pasta da Justiça, não foi descartada por Temer.

"Primeiro, vou verificar qual é a perspectiva que ele, Torquato, tem em relação aos vários órgãos que existem lá no Ministério, incluindo a Polícia Federal", declarou o presidente à IstoÉ.

Ele, no entanto, afirmou que mesmo com uma possível saída de Leandro Daiello do cargo de diretor-geral da PF, a Lava Jato não sofreria.

"Só seria mal interpretada se você dissesse assim: só existe uma pessoa na Polícia Federal capaz de comandá-la. Mas isso desmerece a instituição e tenho certeza que o próprio diretor não pensa dessa maneira", disse Temer à revista.

"A mudança do diretor da PF vai depender do novo ministro."

Rocha Loures, o homem da mala de propina

Temer também comentou sua relação com o ex-deputado e ex-assessor da Presidência Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), cuja prisão foi pedido novamente pela Procuradoria-Geral da República nesta quinta (1º).

Rocha Loures foi filmado recebendo uma mala com R$ 500 mil de um executivo da JBS. O vídeo faz parte do inquérito que o investiga junto com Temer, que tramita no Supremo Tribunal Federal.

"Eu duvido que ele faça uma delação", afirmou Temer à IstoÉ. "E duvido que ele vá me denunciar. Primeiro, porque não seria verdade. Segundo, conhecendo-o, acho difícil que ele faça isso", completou o presidente.

Ele classificou a atitude do ex-assessor como "isolada", e disse que o dinheiro não iria para o partido de ambos, o PMDB. "Não sei a que atribuir isso, se atribuo à ingenuidade suprema, porque o sujeito pegou uma mala numa pizzaria", disse.

Questionado se sentiu-se traído por Rocha Loures, Temer disse: "Não me senti traído porque não tenho nada a ver com isso."

Falta de apoio no Congresso

Em outros trechos da entrevista, Temer negou que esteja perdendo apoio na Câmara e no Senado. "O Congresso continua a legislar. Então vamos ver lá para frente", afirmou o presidente.

Instado a comentar se renunciaria caso perca o apoio do PSDB — principal aliado do governo no Legislativo —, Temer rechaçou a hipótese.

"Vou esperar perder o apoio primeiro, né, para depois examinar. Não estou perdendo o apoio. O que eu vejo é muito achismo. E achismo no sentido de que o governo paralisou, o país não vai para frente", ele disse.

O presidente justificou sua posição com base nas votações da Câmara — que, segundo ele, mostram que o Congresso está funcionando. "Na semana passada, houve um fato inusitado legislativamente. Foram aprovadas sete medidas provisórias. É interessante, o Brasil ganhou até mais agilidade."

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