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Vídeos com notícias falsas sobre Marielle viralizam e YouTube os retira da lista Em Alta

Após se proliferarem por outros meios, como no WhatsApp e no Twitter — o deputado Alberto Fraga (DEM-DF) foi um dos que compartilharam —, mentiras sobre a vereadora ganham milhões de visualizações no YouTube.

Mentiras e notícias falsas sobre a vereadora Marielle Franco (PSOL), executada no Rio de Janeiro na noite de quarta (14), começaram a se proliferar desde o dia seguinte. Em menos de 24 horas, milhões de pessoas se mobilizaram para protestar contra o crime.

O ritmo de divulgação das mentiras se intensificou a partir de sexta (16). Um dos exemplos foi o deputado Alberto Fraga (DEM-DF), que foi ao Twitter propagar mentiras sobre Marielle que já estavam circulando em grupos de WhatsApp e em grupos fechados de Facebook.

As duas primeiras informações são simplesmente falsas: Marielle não engravidou aos 16 — e, sim, entre os 18 e 19 anos — e dificilmente manteve um relacionamento com Marcinho VP, como mostra esta reportagem da revista Veja.

Há dois traficantes conhecidos pelo apelido. Um deles foi biografado pelo jornalista Caco Barcellos, no livro "Abusado — O Dono do Morro Dona Marta", e está morto desde 2003; o outro está preso há 20 anos.

Desde que veículos de informação passaram a desmentir Fraga, ele apagou o texto — mas não se retratou dos comentários, ao menos publicamente. A irmã de Marielle foi a público pedir respeito pela família.

Depois que as mentiras passaram a circular em maior escala, o PSOL e um grupo de advogadas voluntárias passaram a registrar casos do tipo para reportá-los à Polícia Civil — já receberam mais de 2.000 denúncias.

Até a tarde deste domingo (18), porém, as notícias falsas continuavam a ser muito compartilhadas. Por volta das 13h, dois vídeos com mentiras sobre Marielle ocupavam o 4º e o 8º lugares na aba Em Alta (Trending), gerada por um algoritmo do YouTube. Combinados a outros vídeos com as mesmas informações falsas, eles somavam milhões de visualizações.

O BuzzFeed News enviou ao YouTube uma lista com cinco vídeos com informações falsas ou fora de contexto sobre Marielle e questionou se eles infringiam os termos de uso da plataforma.

Horas após o contato, os vídeos que apareciam a lista Em Alta (Trending) sumiram de lá. Um dos cinco vídeos enviados pelo BuzzFeed News à empresa foi apagado pelo usuário.

Os prints acima foram tirados no início da tarde. Horas depois, os números de visualização, em alguns casos, já tinham dobrado.

Em nota, a empresa afirmou que "todo conteúdo no YouTube deve seguir as Diretrizes da Comunidade e qualquer usuário pode relatar um vídeo, canal ou comentário que considere não estar de acordo com nossas políticas".

Veja também:

Hora a hora, como a execução de Marielle virou um escândalo global e mobilizou o Brasil

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