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Com sistema online, Partido Novo teve mais desfiliações que PT e PMDB

Possibilidade de deixar a sigla pela internet explica o percentual maior, diz nota: "nos outros partidos, o filiado não se desliga por preguiça de ir até a sede".

Apenas dois anos após ter tido o registro aprovado, o Partido Novo perdeu 15% de seus filiados, segundo dados do TSE — percentual maior que o de siglas enroladas na Lava Jato. Apesar das saídas, o partido cresceu de tamanho.

Em encontro nacional realizado em São Paulo, no sábado (18), o Novo confirmou a candidatura do economista João Amoêdo, fundador da sigla, à Presidência da República em 2018.

O registro do Novo foi aprovado pelo TSE em setembro de 2015, após o partido cumprir as obrigações legais — a sigla entregou ao tribunal 492 mil assinaturas de eleitores apoiando a criação e comprovou ter ao menos nove diretórios estaduais.

Desde então, dos 15.843 eleitores que se filiaram ao Novo, 2.444 (15,4%) deixaram o partido, de acordo com as informação do banco de dados oficial. O percentual de desfiliados é alto se comparado aos de outros partidos.

Por exemplo: dos pouco mais de 363 mil filiados ao PT em São Paulo, apenas 10.409 (2,8%) se desfiliaram. No PMDB do Rio de Janeiro, cuja cúpula é alvo de vários braços da Operação Lava Jato, 11.961 (6,6%) eleitores do total de filiados (181 mil) deixou a sigla.

Apesar do percentual expressivo de desfiliações, o Novo cresceu de tamanho nos últimos dois anos — o registro de novos filiados superou a quantidade de desfiliados.

O BuzzFeed News questionou o Novo sobre o que pode explicar o percentual de desfiliações maior que da concorrência.

Em nota, o Novo afirmou que seu sistema de filiação é virtual, "o que permite uma facilidade logística". O partido também cobra de cada filiado uma contribuição mensal obrigatória, no valor de R$ 30 — essa mensalidade, segundo a sigla, também pode ter contribuído para a queda no número de filiados.

"Os outros partidos contam com a procrastinação do filiado insatisfeito, uma vez que, sem cobrança financeira, o filiado não se desliga por preguiça de ir até a sede", afirmou o partido na nota.

Em seu discurso após ter sido escolhido para concorrer à Presidência da República, Amoêdo disse que a eleição de 2018 é uma chance para seu partido colocar de pé "o sonho" que começou em 2010, quando empresários e executivos cariocas deram origem à sigla. "A gente não pode perder essa oportunidade", ele disse.

Com uma apresentação de powerpoint, o ex-sócio do banco Itaú BBA afirmou que o programa de seu partido gira, basicamente, em torno de segurança pública, educação e saúde.

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