14 mulheres brasileiras que fizeram história para inspirar o nome da sua filha

Dandara, Tarsila, Quitéria e outros nomes com histórias arrasadoras.

1. Carmen

Cantora e atriz luso-brasileira, Maria do Carmo Miranda era mais conhecida como Carmen Miranda. Em duas décadas de carreira ela lançou mais de 300 músicas, fez shows em muitos países e chegou a ser a mulher mais bem paga dos EUA.

Carmen foi uma mulher forte e decidida, que desde jovem traçou o objetivo de ficar famosa e gerenciou boa parte da própria carreira. Ela foi ainda a primeira sul-americana a ser homenageada com uma estrela na Calçada da Fama e foi uma inspiração para o Tropicalismo no Brasil, movimento cultural da década de 1960.

2. Tarsila

Pintora e desenhista brasileira, Tarsila do Amaral foi uma das figuras centrais da primeira fase do movimento modernista no Brasil. Estudou em São Paulo e em Barcelona. Seu quadro Abaporu, de 1928, inaugurou o movimento antropofágico nas artes plásticas.

Publicidade

3. Elza

Aos 21 anos de idade Elza Soares já era viúva e tinha cinco filhos para criar --o que fazia cantando e compondo músicas. Com 32 anos sofreu muito para estar ao lado do jogador de futebol Garrincha, que se envolveu com ela quando ainda era casado.

Muitas tragédias abalaram a vida de Elza (como a morte da mãe, do Garrincha e de três dos sete filhos). Apesar das dificuldades, Elza disse certa que "a vida continua. Enquanto existir, quero mais dela”.

4. Celina

Celina Guimarães Viana foi a primeira eleitora do Brasil. Para isso, ela fez um requerimento se baseando em uma lei recém-promulgada no Rio Grande do Norte, que enunciava: “No Rio Grande do Norte, poderão votar e ser votados, sem distinção de sexos, todos os cidadãos que reunirem as condições exigidas por lei”.

Ao votar em 5 de abril de 1928, na cidade de Mossoró, ela se torna a primeira mulher brasileira a fazê-lo.

Publicidade

5. Marta

Marta Vieira é uma atacante que já ganhou cinco vezes o título de melhor jogadora do mundo, um recorde. Ela também é maior artilheira da história das Copas do Mundo de futebol feminino.

Como se não bastasse, é a maior artilheira da história da Seleção Brasileira (contando a Masculina e a Feminina) -- com 100 gols, é maior que Pelé.

6. Dandara

Dandara juntou-se ainda menina ao grupo de negros que desafiaram o sistema escravista por quase um século no Quilombo dos Palmares. Casada com Zumbi, valorizava muito a liberdade, era contra acordos com o governo e se matou quando capturada.

Dandara participava ativamente da elaboração das estratégias de resistência e foi figura central na defesa do quilombo.

Publicidade

7. Maria Esther

Maria Esther Bueno é a maior tenista brasileira de todos os tempos. Tem o impressionante número de 589 títulos e venceu dezenove torneios do Grand Slam. Venceu uma partida em apenas 19 minutos e era conhecida pela elegância no estilo de jogo e potência no saque.

8. Luz (ou Dora)

Luz del Fuego era uma bailarina e feminista brasileira. Apresentava-se frequentemente nua ou com poucas roupas e fundou o primeiro clube naturista do Brasil -- usou o dinheiro de sua autobiografia para arrendar uma ilha na Baía de Guanabara, onde vivia e praticava o naturismo.

Nascida Dora Vivacqua em uma cidade pequena, Cachoeiro do Itapemirim, no ES, odiava usar sutiã e desfilava pela praia de calcinha e bustiê improvisados com lenços quando ainda nem sonhavam em inventar o biquíni.

Veja aqui uma das performances dela.

Publicidade

9. Leila

Divulgação / Imprensa Oficial do Estado do Rio de Janeiro

A atriz Leila Diniz é sempre lembrada como defensora do amor livre, do prazer sexual e símbolo da revolução feminina, que rompeu conceitos e tabus por meio de suas ideias e atitudes.

Carlos Drummond de Andrade tem uma frase que resume bem o espírito da mulher que chocou a sociedade ao simplesmente ir à praia grávida de biquíni: “sem discurso nem requerimento, Leila Diniz soltou as mulheres de vinte anos presas ao tronco de uma especial escravidão.”

10. Maria da Penha

Por trás de um nome simples está uma das mulheres mais importantes da história recente do Brasil. Maria da Penha Maia Fernandes é líder de movimentos de defesa dos direitos das mulheres e vítima de violência doméstica — ficou paraplégica ao levar um tiro do marido enquanto dormia.

O nome dela virou Lei em 2006, estabelecendo o aumento das punições às agressões contra a mulher e uma série de medidas para proteger a integridade física e psicológica de mulheres vítimas de violência.

Publicidade

11. Leolinda

Do livro "Catechese dos índios no Brasil. Notícias e documentos para a História. Rio de Janeiro: Typographia da Escola Orsinba da Fonseca, 1920."

A baiana Leolinda Daltro é precursora do feminismo no Brasil no século 19. Engajada na causa indigenista, separou-se do marido e viajou pelo interior do Brasil pregando a integração das populações indígenas por meio da educação laica. Foi escorraçada de Uberada, em MG, aos gritos de "mulher do diabo".

Quando teve seu alistamento eleitoral negado, fundou o Partido Republicano Feminino. O objetivo era mobilizar as mulheres pelo direito ao voto. Morreu em um acidente automobilístico em 1935.

Seu obituário publicado na revista 'Mulher', editada pela Federação Brasileira pelo Progresso Feminino, assinala que Leolinda “teve que lutar contra a pior das armas de que se serviam os adversários da mulher: o ridículo".

12. Francisca

A compositora Chiquinha Gonzaga, autora de mais de duas mil músicas de gêneros diferentes, foi a primeira mulher a reger uma orquestra no Brasil.

Francisca Edwiges Neves Gonzaga também envolveu-se com a política, militando em prol da abolição da escravidão e pelo fim da monarquia.

Publicidade

13. Zilda

Zilda Arns Neumann foi uma médica pediatra e sanitarista brasileira, indicada várias vezes pelo governo brasileiro ao prêmio Nobel da Paz. Morreu, aos 75 anos, no terremoto do Haiti em 2010.

Fundadora e coordenadora internacional da Pastoral da Criança, organismo que tem como objetivo a promoção do desenvolvimento integral de crianças entre 0 e seis anos de idade, Zilda ajudou a derrubar a mortalidade infantil, no Brasil, de 62 por mil (na década de 80) para 20 por mil.

14. Maria Quitéria

Maria Quitéria perdeu a mãe ainda criança e, aos 10 anos, viu-se com a responsabilidade de cuidar da casa e dos irmãos. Mais velha, quis muito lutar pela independência do Brasil e vestiu-se de homem para conseguir entrar no Exército.

Em vários livros de História ela é descrita como a “Joana D’Arc brasilera”.

Publicidade

Veja também:

20 mulheres que fazem o cinema brasileiro acontecer

27 frases que as mulheres precisam parar de dizer umas para as outras

Veja também