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Maia diz que FHC age como "um jovem estudante" ao pedir renúncia de Temer

"Parece que [Fernando Henrique] está querendo participar desse processo, não sei, como se estivesse voltando ao passado, como se fosse um jovem estudante querendo marcar uma posição", disse o presidente da Câmara.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), 47 anos, disse que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), 86 anos, agiu como "um jovem estudante" quando pediu a renúncia de Michel Temer (PMDB), em artigo publicado hoje.

"Acho que infelizmente o presidente Fernando Henrique não colabora com a experiência que tem, por ter sido presidente do Brasil duas vezes, em colocar mais pressão nessa crise que o Brasil vive", afirmou Maia após evento sobre a reforma política, na Fiesp, em São Paulo.

"Parece que [Fernando Henrique] está querendo participar desse processo, não sei, como se estivesse voltando ao passado, como se fosse um jovem estudante querendo marcar uma posição", completou Maia.

O presidente da Câmara também comentou a denúncia que a Procuradoria-Geral da República deve apresentar contra Temer nesta semana. Maia é central nesta discussão porque, antes de ser aceita pelo Supremo, uma eventual denúncia precisa ser aprovada por no mínimo dois terços dos deputados federais.

"Eu não sei o que a Câmara vai fazer", disse. "A gente não pode falar o que vai acontecer se a gente não sabe o que vem. As pessoas querem da noite para o dia tirar um presidente da República, não é assim."

Questionado sobre que meios Temer tem para pressionar os deputados a votarem pela rejeição da denúncia, Maia disse: "O governo não tem que usar a sua estrutura para angariar votos."

O presidente da Câmara também especulou sobre uma possível derrota de Temer: "Se o governo ganhar é uma coisa", ele disse. "Se o governo perder, não adianta retaliar", completou.

Na semana passada, o governo foi derrotado na Comissão de Assuntos Sociais do Senado. Por 10 votos a 9, a oposição rejeitou o relatório sobre a reforma trabalhista — três senadores da base mudaram de voto, surpreendendo o Planalto.

Um deles, Hélio José (PMDB-DF), teve três apadrinhados demitidos dos cargos que ocupavam após contrariar o Planalto. Ele acusou o governo de fazer um "balcão de negócios".

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