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Novo ministro da Cultura esconde postagens em que falava mal de Temer

Após texto escrito por ele ter viralizado, Sérgio Sá Leitão fechou sua conta na rede social. Em nota ao BuzzFeed, o ministro desconversou: "A radicalização não nos leva a um cenário construtivo."

O novo ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, tomou posse na manhã de terça (25). Horas depois, um tuíte viralizou com prints de posts que o ministro publicou nas redes sociais.

O novo ministro da cultura em 3 momentos

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Tem um tuíte de 2010, quando ele declarou voto em Dilma:

A turma do Instituto Millenium conseguiu... Vou votar na Dilma! Como se dizia em maio de 68... Não leia jornais; minta por conta própria.

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E tem esta foto, que o ministro publicou no Instagram em abril de 2016, quando o impeachment estava em curso: "Não votei na chapa Dilma-Temer. Não votei em candidatos da coligação PT-PMDB. Portanto, não sou corresponsável por Dilma, por Temer ou por Eduardo Cunha", escreveu Sá Leitão.

Desde terça-feira (25), por causa da repercussão negativa, o ministro fechou sua conta no Instagram.

Tudo porque há outras fotos, digamos, sensíveis na conta dele.

Como desta vez em que ele foi a uma noite de autógrafos do procurador Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba: "Admiro profundamente esse cara...", ele escreveu.

Sá Leitão declarou apoio à Lava Jato em várias oportunidades.

Ele foi bem explícito em relação a essa posição.

Em novembro, ele disse que compareceria à manifestação marcada para o dia 4 de dezembro: "Contra a anistia ao caixa 2 e os acordos espúrios no Congresso...", disse o futuro ministro.

Ele até comemorou quando Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que é do mesmo grupo político que Temer, teve o mandato cassado.

Sá Leitão, porém, não usa as redes sociais só para falar mal de políticos. Em março de 2013, ele publicou uma foto da então presidente e escreveu: "Viva a Dilma! Viva o Rio! Viva o Brasil!"

E, há alguns meses, o novo ministro torceu no Twitter pela cassação da chapa Dilma-Temer, no TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Se você quer mesmo o #ForaTemer, adote o slogan #DelataDilma! Se Dilma assumir que sua campanha foi paga pelo Petrolão, o TSE fará o resto.

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Procurado pelo BuzzFeed, o ministro preferiu não falar sobre o que quis dizer ao comparar Dilma, Temer e Cunha e afirmar que não tem "bandido de estimação."

Sá Leitão disse genericamente que a radicalização não leva a um cenário construtivo.

Leia a íntegra da nota do ministro Sérgio Sá Leitão.

Aceitei o convite para o Ministério da Cultura para realizar um trabalho muito claro: reorganizar o Ministério da Cultura, resgatar sua capacidade de operação e valorizar a cultura. É à Cultura que vou me dedicar. O Brasil e o setor cultural precisam se unir em prol da cultura, e tenho certeza que neste sentido as convergências são bem maiores do que as divergências. A radicalização não nos leva a um cenário construtivo.

Procurado, o Palácio do Planalto ainda não se pronunciou.

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