Autor do voto de minerva que absolveu o presidente Michel Temer (PMDB) no TSE, o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes disse nesta segunda (26), em evento sobre a reforma política na Fiesp, que "um novo regime" pode comprometer a democracia.
"Não tentemos inventar um novo regime", diz Gilmar Mendes. O ministro diz que mudanças bruscas podem comprometer "p… https://t.co/NdMzFWLvFv
"Não tentemos inventar um novo regime", afirmou o ministro. "Porque nós corremos o risco de, ao importá-lo, ou ao introduzi-lo, trazermos um comprometimento sério para os paradigmas democráticos", completou.
"É preciso refletir sobre isso."
Em outro trecho de seu discurso, o ministro afirmou que "os jovens que não viveram a ditadura" devem saber que a deterioração de democracia pode levar a "regimes pavorosos".
Jovens devem saber que a democracia pode melhorar, "mas sua deterioração pode levar a regimes pavorosos", diz Gilmar
"Os jovens que não viveram na ditadura — e hoje respiram esses ares democráticos que nós respiramos — têm que saber que nós podemos aperfeiçoar a democracia, mas que sua deterioração pode nos levar a regimes pavorosos", disse Gilmar.
Mais cedo, o ministro Luís Roberto Barroso rebateu o colega. Na semana passada, Gilmar havia dito em evento do Lide que "expandiu-se demais a investigação, além dos limites".
Hoje, Barroso declarou que o atual momento da Lava Jato "é o Estado Democrático de Direito contra uma república de bananas que sempre varreu a sujeira para debaixo do tapete."
Gilmar Mendes: "Expandiu-se demais a investigação, além dos limites (…). As investigações devem ser questionadas."… https://t.co/bup1fZePcI
Gilmar deixou a Fiesp sem falar com a imprensa.
