Jovem é agredido ao tentar defender travesti em protesto no Rio
Confusão aconteceu em bar na rua Voluntários da Pátria, em Botafogo.
Indianara Alves, travesti e participante do protesto, disse ao BuzzFeed Brasil que Lucas se machucou tentando defendê-la.
Tínhamos terminado um protesto contra o bar em frente por lesbofobia. Paramos no Durangos pra beber e protestar contra o bar em frente, onde lésbicas foram assediadas e agredidas verbalmente, que motivou o protesto. O dono do Durangos começou a dizer que não podíamos ficar lá, que era pra gente sair e que não nos queria por lá. Partiu pra cima de mim tentando tirar meu megafone, foi quando o Lucas se meteu na frente. De repente vieram caras dizendo que eram seguranças do lugar.
Após a confusão começar, a polícia foi chamada ao bar Durangos para resolver a situação.
Reprodução / Via Facebook
A passeata, que contava com cerca de 50 pessoas, começou na praça São Salvador e terminou no bar, na rua Voluntários da Pátria.
"Vi-me acuada por homens com pedaços de pau, facão e garrafas. Fomos agredidos por eles", diz Indianara.
Quebrei uma garrafa pra me defender. Bruno (outro participante da manifestação) entrou pra me ajudar e ajudar o Lucas. Fui agredida, minha mão sangrava e eles foram agredidos no chão. A polícia foi muito agressiva com a gente enquanto tratavam os agressores com camaradagem.
Depois das postagens, a página do bar Durangos no Facebook foi inundada por comentários de pessoas revoltadas com as agressões.
Reprodução / Via Facebook: DurangosRJ
Alexandre Flores, dono do bar, falou ao BuzzFeed Brasil que o Durangos "é um estabelecimento eclético e de livre expressão em todos os fundamentos".
Não vou detalhar como aconteceu e os prejuízos para todos. Um desvio no contexto pode se transformar em pretexto para a mentira e se transformar em verdade. Neste ponto, deixo para as autoridades competentes apurarem e tomarem as medidas cabíveis aos lados envolvidos. Sinto-me preocupado com a integridade física dos meus familiares, em especial do meu filho, que foi agredido e tem 17 anos.
Sempre trabalhei com brancos, negros, homossexuais e toda e qualquer pessoa que estivesse precisando trabalhar e se enquadrasse dentro das necessidades mínimas da empresa para o cargo. Tenho hoje pessoas de várias opções sexuais trabalhando para mim, inclusive homossexuais.
E, por fim, coloco-me a disposição, através da loja, para abrir as portas para TODOS, independente de etnia, cor de pele, credo e opção sexual.